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Acre e Rondônia sofrem com "apagão interligado", mas vêem custo da energia diminuir
Se os Estados de Acre e Rondônia tivessem sido conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) para fornecimento de energia elétrica em 23 de novembro, e não em 23 de outubro, não teriam passado a noite de terça-feira e o início da madrugada de quarta-feira (11) no escuro. Mas a decisão que os incluiu no blecaute é a mesma que reduziu custos com termoelétricas que são rateados entre todos os brasileiros. Até as 19h07, horário brasileiro de verão, e 17h07, horário local, do último dia 23 de outubro, Acre e Rondônia eram abastecidos por termoelétricas que queimavam 1,2 milhão de óleo diesel por dia, gerando custo diário de R$ 2,4 milhões e anuais de R$ 864 milhões. Para que não houvesse desequilíbrio na cobrança, o custo mais alto para acreanos e rondonienses era rateado pelo resto do país. O Ministério de Minas e Energia confirmou que 18 Estados foram afetados pelo apagão da noite de terça-feira (10). No entanto, até o início da tarde desta quarta ainda não foi divulgada uma lista oficial dos Estados atingidos, mas um funcionário da Eletronorte, que preferiu não se identificar, confirmou que Acre e Rondônia fazem parte da lista dos prejudicados. "Se isso tivesse acontecido antes de 23 de outubro não haveria o problema, mas as vantagens da mudança são muito maiores do que o risco de um apagão tão particular como o de ontem", disse o funcionário da Eletronorte, empresa concessionária de serviço público de energia elétrica na região Norte. "Sair do sistema isolado e participar do SIN traz energia mais limpa e de uma forma mais confiável. Não há nem como comparar a garantia que a energia termoelétrica dá e a garantia que dá a energia hidráulica." A interligação dos dois Estados ao SIN permite a transmissão de até 210 MW. A Eletronorte divulgou investimentos no valor R$ 234 milhões na região que permitiriam receita anual de R$ 80 milhões, vindas do contrato de prestação de serviços entre a Eletronorte e o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. Em comunicado publicado após a entrada de Acre e Rondônia no SIN, a estatal afirmou que "o sistema apresentava dificuldade no controle de tensão e o suprimento às concessionárias estaduais encontrava-se próximo à disponibilidade de geração, onde perdas de unidades geradoras acarretavam cortes de cargas. Em casos de desligamentos, o processo de recomposição era lento, devido à geração térmica, mas a partir dessa nova configuração elétrica, os tempos serão bem menores". ...


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